e
Jó
6
(30 vs)
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capítulos
ENTÃO Jó respondeu, e disse:
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Oh! Se a minha mágoa retamente se pesasse, e a minha miséria juntamente se pusesse numa balança!
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Porque, na verdade, mais pesada seria do que a areia dos mares; por isso é que as minhas palavras têm sido inconsideradas.
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Porque as frechas do Todo-poderoso
estão
em mim, e o seu ardente veneno o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim.
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Porventura zurrará
o jumento montês junto à relva? Ou berrará o boi junto ao seu pasto?
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Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?
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A minha alma recusa tocar
em vossas palavras
, pois são como a minha comida fastienta.
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Quem dera que se cumprisse o meu desejo, e que Deus
me
desse o que espero!
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E
que
Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo!
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Isto
ainda seria a minha consolação, e me refrigeraria no
meu
tormento, não
me
poupando ele; porque não repulsei as palavras do Santo.
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Qual
é
a minha força, para que eu espere? Ou qual
é
o meu fim, para que prolongue a minha vida?
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É porventura
a minha força a força da pedra?
Ou é
de cobre a minha carne?
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Está
em mim a minha ajuda? Não me desamparou todo o auxílio eficaz?
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Ao que está aflito
devia
o amigo
mostrar
compaixão, ainda ao que deixasse o temor do Todo-poderoso.
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Meus irmãos aleivosamente
me
trataram, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam.
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Que estão encobertos com a geada,
e
neles se esconde a neve.
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No tempo em que se derretem com o calor, se desfazem,
e
em se aquentando, desaparecem do seu lugar.
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Desviam-se as veredas dos seus caminhos; sobem ao vácuo, e perecem.
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Os caminhantes de Temá os vêem; os passageiros de Sebá olham para eles.
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Foram envergonhados por terem confiado; e, chegando ali, se confundem.
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Agora sois semelhantes a eles; vistes o terror, e temestes.
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Disse-
vos
eu: Dai-me ou oferecei-me da vossa fazenda presentes?
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Ou livrai-me das mãos do opressor? Ou redimi-me das mãos dos tiranos?
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Ensinai-me, e eu
me
calarei; e dai-me a entender em que errei.
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Oh! quão fortes são as palavras da boa razão! Mas que é o que censura a vossa argüição?
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Porventura
buscareis palavras para me repreenderdes, visto que as razões do desesperado são como vento?
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Mas antes lançais
sortes
sobre o órfão, e especulais com o vosso amigo.
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Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim; e
vede
se minto em vossa presença.
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Voltai, pois, não haja iniqüidade; voltai, sim,
que
a minha causa é justa.
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Há
porventura
iniqüidade na minha língua?
Ou
não poderia o meu paladar dar a entender as
minhas
misérias?
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Capítulos:
6
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