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SABES tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas?    ⬇︎     ⬆︎

Contarás os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?    ⬇︎     ⬆︎

Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores.    ⬇︎     ⬆︎

Seus filhos enrijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas.    ⬇︎     ⬆︎

Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,    ⬇︎     ⬆︎

Ao qual dei o ermo por casa, e a terra salgada por moradas?    ⬇︎     ⬆︎

Ri-se do arruído da cidade; não ouve os muitos gritos do exator.    ⬇︎     ⬆︎

O que descobre nos montes é o seu pasto, e anda buscando tudo que está verde.    ⬇︎     ⬆︎

Querer-te-á servir, o unicórnio ou ficará na tua cavalariça?    ⬇︎     ⬆︎

Ou amarrarás o unicórnio ao rego com uma corda, ou estorroará após ti os vales?    ⬇︎     ⬆︎

Ou confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?    ⬇︎     ⬆︎

Ou fiarás dele que te torne o que semeaste e o recolha na tua eira?    ⬇︎     ⬆︎

Bate alegre as asas a avestruz, que tem penas de cegonha,    ⬇︎     ⬆︎

Ela deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó.    ⬇︎     ⬆︎

E se esquece de que algum pé os pode pisar, ou de que podem calcá-los os animais do campo.    ⬇︎     ⬆︎

Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, porquanto está sem temor.    ⬇︎     ⬆︎

Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe repartiu entendimento.    ⬇︎     ⬆︎

A seu tempo se levanta ao alto; ri-se do cavalo, e do que vai montado nele.    ⬇︎     ⬆︎

Ou darás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço de crinas?    ⬇︎     ⬆︎

Ou espantá-lo-ás, como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas.    ⬇︎     ⬆︎

Escarva a terra, e folga na sua força, e sai ao encontro dos armados.    ⬇︎     ⬆︎

Ri-se do temor, e não se espanta, e não torna atrás por causa da espada.    ⬇︎     ⬆︎

Contra ele rangem a aljava, o ferro flamante da lança e do dardo.    ⬇︎     ⬆︎

Sacudindo-se, e removendo-se, escarva a terra, e não faz caso do som da buzina.    ⬇︎     ⬆︎

Ao soar das buzinas diz: Eia! E de longe cheira a guerra, e o trovão dos príncipes, e o alarido.    ⬇︎     ⬆︎

Ou voa o gavião pela tua inteligência, estendendo as suas asas para o sul?    ⬇︎     ⬆︎

Ou se remonta a águia ao teu mandado, e põe no alto o seu ninho?    ⬇︎     ⬆︎

Nas penhas mora e habita; no cume das penhas, e nos lugares seguros.    ⬇︎     ⬆︎

Dali descobre a presa; seus olhos a avistam desde longe.    ⬇︎     ⬆︎

Seus filhos chupam o sangue; e onde há mortos, ela aí está.    ⬇︎     ⬆︎


Capítulos:
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