e
Jó
21
(34 vs)
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capítulos
RESPONDEU porém Jó, e disse:
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Ouvi atentamente as minhas razões; e isto vos sirva de consolação.
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Sofrei-me, e eu falarei; e, havendo eu falado, zombai.
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Porventura
eu me queixo a
algum
homem? Mas, ainda
que assim fosse
, por que se não angustiaria o meu espírito?
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Olhai para mim, e pasmai; e ponde a mão sobre a boca,
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Porque, quando me lembro
disto
, me perturbo, e a minha carne é sobressaltada de horror.
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Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se esforçam em poder?
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A sua semente se estabelece com eles perante a sua face, e os seus renovos perante os seus olhos.
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As suas casas têm paz, sem temor; e a vara de Deus não
está
sobre eles.
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O seu touro gera, e não falha, pare a sua vaca, e não aborta.
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Fazem sair as suas crianças, como
a
um rebanho, e seus filhos andam saltando.
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Levantam a
voz, ao som
do tamboril e da harpa, e alegram-se ao som dos órgãos.
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Na prosperidade gastam os seus dias, e num momento descem à sepultura.
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E,
todavia
, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.
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Quem
é
o Todo-poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?
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Vede
porém
que o seu bem não
está
na mão deles; esteja longe de mim o conselho dos ímpios!
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Quantas vezes sucede que se apaga a candeia dos ímpios, e lhes sobrevém a sua destruição?
E Deus
na sua ira
lhes
reparte dores!
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Porque
são como a palha diante do vento, e como a pragana, que arrebata o redemoinho.
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Deus guarda a sua violência para seus filhos,
e
lhe dá o pago, para que o conheça.
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Seus olhos vêem a sua ruína, e ele bebe do furor do Todo-poderoso.
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Porque, que prazer teria na sua casa depois de si, cortando-se-
lhe
o número dos seus meses?
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Porventura a Deus se ensinaria ciência, a ele que julga os excelsos?
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Um morre na força da sua plenitude, estando todo quieto e sossegado.
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Os seus baldes estão cheios de leite, e os seus ossos estão regados de tutanos.
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E outro morre, ao contrário, na amargura do seu coração, não havendo provado do bem.
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Juntamente jazem no pó, e os bichos os cobrem.
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Eis que conheço bem os vossos pensamentos; e os maus intentos
com que
injustamente me fazeis violência.
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Porque direis: Onde
está
a casa do príncipe e onde a tenda em que morava o ímpio?
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Porventura
o não perguntastes aos que passam pelo caminho, e não conheceis os seus sinais?
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Que o mau é preservado para o dia da destruição, e arrebatado no dia do furor?
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Quem acusará diante dele o seu caminho, e quem lhe dará o pago do que faz?
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Finalmente é levado à sepultura, e vigia no túmulo.
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Os torrões do vale lhe são doces, e ele arrasta após si a todos os homens; e antes dele havia inumeráveis.
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Como pois me consolais em vão? Pois nas vossas respostas só há falsidade.
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Capítulos:
21
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