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EIS que tudo isto viram os meus olhos, e os meus ouvidos o ouviram e entenderam.    ⬇︎     ⬆︎

Como vós o sabeis, o sei eu também: não vos sou inferior.    ⬇︎     ⬆︎

Mas eu falarei ao Todo-poderoso; e quero defender-me perante Deus.    ⬇︎     ⬆︎

Vós porém sois inventores de mentiras, e vós todos médicos que não valem nada.    ⬇︎     ⬆︎

Oxalá vos calásseis de todo, que isso seria a vossa sabedoria!    ⬇︎     ⬆︎

Ouvi agora a minha defesa, e escutai os argumentos dos meus lábios.    ⬇︎     ⬆︎

Porventura por Deus falareis perversidade e por ele enunciareis mentiras?    ⬇︎     ⬆︎

Fareis aceitação da sua pessoa? Contendereis por Deus?    ⬇︎     ⬆︎

Ser-vos-ia bom, se ele vos esquadrinhasse? Ou zombareis dele, como se zomba de qualquer homem?    ⬇︎     ⬆︎

Certamente vos repreenderá, se em oculto fizerdes distinção de pessoas.    ⬇︎     ⬆︎

Porventura não vos espantará a sua alteza? E não cairá sobre vós o seu temor?    ⬇︎     ⬆︎

As vossas memórias são como a cinza: as vossas alturas como alturas de lodo.    ⬇︎     ⬆︎

Calai-vos perante mim, e falarei eu, e venha sobre mim o que vier.    ⬇︎     ⬆︎

Por que razão tomaria eu a minha carne com os meus dentes, e poria a minha vida na minha mão?    ⬇︎     ⬆︎

Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.    ⬇︎     ⬆︎

Também isto será a minha salvação, porque o ímpio não virá perante ele.    ⬇︎     ⬆︎

Ouvi com atenção as minhas razões, e com os vossos ouvidos a minha demonstração.    ⬇︎     ⬆︎

Eis que já tenho ordenado a minha causa, e sei que serei achado justo.    ⬇︎     ⬆︎

Quem é o que contenderá comigo? Se eu agora me calasse, renderia o espírito.    ⬇︎     ⬆︎

Duas cousas somente não faças para comigo; então me não esconderei do teu rosto:    ⬇︎     ⬆︎

Desvia a tua mão para longe de mim, e não me espante o teu terror.    ⬇︎     ⬆︎

Chama, pois, e eu responderei; ou eu falarei, e tu responde-me.    ⬇︎     ⬆︎

Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado.    ⬇︎     ⬆︎

Por que escondes o teu rosto, e me tens por teu inimigo?    ⬇︎     ⬆︎

Porventura quebrantarás a folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?    ⬇︎     ⬆︎

Por que escreves contra mim cousas amargas e me fazes herdar as culpas da minha mocidade?    ⬇︎     ⬆︎

Também pões os meus pés em cepos, e observas todos os meus caminhos, e marcas os sinais dos meus pés,    ⬇︎     ⬆︎

Apesar de eu ser como uma cousa podre que se consome, e como o vestido, ao qual rói a traça.    ⬇︎     ⬆︎


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